domingo, 27 de abril de 2008

Blog Apimec-MG

Caros leitores,

Fruto do sucesso do Dinheiro Minas, agora estou contribuindo com o blog da Associaçãos dos Analitas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais de Minas Gerais (Apimec-MG). Continuo contando com a sua visita. Basta acessar o site (http://www.apimecmg.blogpot.com)/).

Em maio, o Dinheiro Minas completa um ano que está "no ar". Neste período falei sobre vários assuntos relacionados a dinheiro, publiquei notícias sobre o mercado mineiro de capitais, muitas vezes exclusivas, contei os bastidores de reportagens de quando estava no Diário do Comércio. Mas, principalmente, conquistei leitores fiéis, que não quero jamais perdê-los.

O Dinheiro Minas não morre. Continuarei postando informações, porém esporadicamente. Qualquer sugestão e dúvidas encaminhe e-mail para paolacjcarvalho@gmail.com e apimecmg@gmail.com.

Obrigada!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Esclarecendo dúvida sobre imposto de renda

Marcos, leitor do Dinheiro Minas, pergunta:

Sendo pequeno investidor, como declaro? Não tenho ganho superior a R$ 20.000,00, mas parece-me que devo declarar minha posição mês a mês. É isso mesmo?

Luiz César Rodrigues, analista de investimentos, responde:

Esclarecendo os benefícios aos acionistas:

- Dividendos: o mínimo a ser distribuído é de 25% do lucro liquido. O dividendo já é liquido ao acionista, ou seja, quem recolhe o imposta de renda é a empresa.

- Juros sobre o capital: é a correção do capital social distribuído em espécie ao acionista. A diferença é que o imposto de renda fica por conta do acionista (15%).

Em ambos os casos a cotação fica corrigida desses valores

- Bonificação: percentual relativo ao aumento de capital da empresa distribuída ao acionista na forma gratuita de novas ações.

- Desdobro: é a divisão de 1 ação em várias. Não há aumento de capital

Existe um estudo no mercado que diz que o investidor pequeno tem em média R$ 5000,00 para aplicação. Então, quando na bonificação/desdobro o preço ajustar-se (no lote de 100 ações) em cotação até R$ 50,00 a base de acionistas da empresa deve aumentar.

Exemplo:
Cotação: R$80,00
Bonificação: 100%
Cotação após a bonificação: R$ 40,00

- Subscrição: percentual relativo ao aumento de capital da empresa distribuído ao acionista com preço determinado. Quando o preço a ser pago é inferior à cotação e dependendo do que vai ser feito com o montante arrecadado é sempre bom.

Sobre o imposto de renda

- Valores de vendas mensais até R$ 20.000,00 estão isentos de recolhimento de IR.

- Mas há necessidade de mencionar o valor da venda no IR final, pois, exemplificando: investidor faz durante o ano um total de vendas mensais não superior os R$ 20.000,00 mas totalizando R$ 200.000,00 e adquire um imóvel. Como ele justificará a origem do numerário para a compra já que a aquisição do imóvel é obrigatória no IR? Daí a necessidade de apontar o valor mesmo sendo este isento do IR.

domingo, 30 de março de 2008

Financeiras exploram leigos e desesperados para conseguir taxa de retorno de mais de 50% em 9 meses. Não é hora do governo interferir?

O volume de juros que o brasileiro pessoa física já contratou (até fevereiro de 2008) para este ano chega a R$ 208 bilhões. No ano passado, o montante de juros contratado exclusivamente pelas pessoas físicas atingiu R$ 224 bilhões (quase 9% do PIB!). Mais de três vezes e meia o valor previsto para todo o investimento do Governo neste ano. Melhor ainda, quase 9 milhões de carros populares em um único ano.

Alguns especialistas temem que esse nível de endividamento do brasileiro já está estimulando a formação de uma bolha, que pode explodir a exemplo da crise dos Estados Unidos. Não é para menos. O povo está consumindo, as indústrias estão investindo, gerando emprego e impulsionando o setor varejista. Mas, vai chegar uma hora em que a renda destinada ao consumo será transferida para o pagamento de dívidas. Daí, as vendas vão cair, indústria demitir... formando um ciclo negativo.

O governo e órgãos reguladores tinham que atuar na prevenção deste cenário, seja por meio de campanhas de educação financeira, seja por meio da coibição de ofertas de crédito. Por exemplo: praticamente duas vezes por mês recebo em minha casa correspondência do Citi Financial, do Banco Citibank S/A. É um absurdo! Veja:

Chega um cheque no valor de R$ 1.000,00 para eu “aproveitar como quiser”. A frase de maior destaque da carta é uma verdadeira isca para enganar bobo ou desesperado: “Não precisa se preocupar com as parcelas: elas cabem direitinho no seu bolso”. A taxa, segundo eles, é a melhor do mercado “para o seu bolso”: 7,49% ao mês, enquanto o cheque especial cobra 7,71%; o cartão de crédito, 10,34%; e outras financeiras, 11,18%. E sabem qual é a vantagem exclusiva? Você pode pagar em 9 parcelas de R$ 175,42. O total do quanto você terá de pagar - R$ 1.578,78 – não é exposto em nenhum momento. Ou seja, o Citi terá mais de 50% de rendimento em somente 9 meses! Para fazer o empréstimo basta apresentar RG, CPF, talão de cheques e comprovantes de renda e residência.

Não acham abusivo? Os bancos estão agindo de má fé.Vamos assistir sentados?

Artigo “As 5 Leis de Ouro”, de Marcelo Junqueira Angulo

Pedi demissão. Isso foi junho do ano passado. Por ironia, ganhei um presente do meu ex-chefe. Surpreso, recebi em casa um pacote bem embalado, abri o cartão e lá dizia “Marcelo, às vezes é preciso beber na fonte”. Era um livro: “O Homem Mais Rico da Babilônia” de George S. Clason.


Beber na fonte significava, além de ler os livros do “Pai Rico” dos quais eu tanto falava, ler também os clássicos sobre independência financeira. “O Homem Mais Rico da Babilônia” foi lançado inicialmente em 1926, até hoje é atual, tendo atraído mais de 1,5 milhões de leitores nos EUA.


Devo confessar que li o livro por completo só recentemente: são parábolas ambientadas na antiga Babilônia (um dos povos mais ricos de toda a História). Na Babilônia, foram desenvolvidos muitos princípios básicos de finanças agora reconhecidos e usados no mundo inteiro.


Neste artigo, escolhi mencionar brevemente “As cinco leis de ouro”. Essas leis – diz o livro – foram transmitidas por Arkad, o homem mais rico da Babilônia, para seu filho Nomasir. Imagino que o leitor já esteja curioso, então, vamos às leis:


I. O ouro vem de bom grado e numa quantidade crescente para todo homem que separa não menos de um décimo de seus ganhos, a fim de criar um fundo para seu futuro e o de sua família;


II. O ouro trabalha diligente e satisfatoriamente para o homem prudente que, possuindo-o, encontra para ele (para o ouro) um emprego lucrativo, multiplicando-o como os flocos de algodão no campo;


III. O ouro busca a proteção do proprietário cauteloso que o investe de acordo com os conselhos de homens mais experimentados em seu manuseio;


IV. O ouro foge do homem que o emprega em negócios ou propósitos com que não está familiarizado ou que não contam com a aprovação daqueles que sabem poupá-lo;


V. O ouro escapa ao homem que o força a ganhos impossíveis ou que dá ouvidos aos conselhos enganosos de trapaceiros e fraudadores ou que confia em sua própria inexperiência e desejos românticos na hora de investi-lo.


No fundo, não é à toa que Robert Kiyosaki, autor da coleção “Pai Rico, Pai Pobre” recomenda o livro “O Homem Mais Rico da Babilônia”. Muitos dos conceitos do “Pai Rico” estão nas cinco leis: fazer o seu dinheiro trabalhar para você, ouvir conselhos de pessoas ricas e constantemente se educar financeiramente.


Moral da história: às vezes é preciso mesmo beber na fonte.


Marcelo Junqueira Angulo é administrador de empresas pela EAESP-FGV. Texto escrito tendo como referência bibliográfica o livro “O Homem Mais Rico da Babilônia” de George S. Clason.

Expomoney INI Day

Clique na imagem para ampliá-la.

terça-feira, 11 de março de 2008

Presença significativa de empresas mineiras na carteira da Merril Lynch

Três dos nove papéis recomendados pelo Banco de Investimento Merrill Lynch (Focus Lista para o Brasil) para março são de empresas mineiras: Cemig, MRV Engenharia e Usiminas. Os analistas fizeram uma mudança apenas em relação à última divulgação. Substituiu as ações ordinárias da Petrobras pelas preferenciais. No portfólio recomendado, a instituição também divulgou suas projeções para o dividend yield esperado para os papéis. É que em tempos de cautela nos mercados, os investidores buscam ativos que ofereçam dividendos atrativos.


sexta-feira, 7 de março de 2008

Participação do leitor

Prezada Paola,

acompanho o blog há algum tempo e estou interessado em fazer um curso sobre bolsa de valores para iniciantes. Moro em BH e gostaria de voltar-me especificamente para o home broker. Você poderia me dar indicações?

Agradeço desde já.
Um forte abraço,
Ubirajara.

#

Caro Ubirajara,

Não estou sabendo de nenhum curso, em breve, sobre home broker. Mas, eles existem! No entanto, tenho quase certeza que os da Abemg oferecem esse conteúdo (3271-9600). Acho que os cursos da Rita Mundim também bordam o tema. Vale a pena ligar para a Aporte no telefone 3269-8100. Outra dica... alguns cursos, como o da XP, oferecem aula prática individual, depois da aula teórica aplicada em grupo. Daí, você focar justamente em suas dúvidas. No caso, pode ser sim o home broker. O telefone de lá é o
3311-3700. No mais... continue acompanhando a coluna "Cursos e Eventos" do Dinheiro Minas. Estou sempre atualizando!

#

Mande também a sua dúvida para paolacjcarvalho@gmail.com

Curso ensina mulheres a investir no mercado de ações

No mês das mulheres, a XP Educação oferece de 25/3 a 27/3 o curso Aprenda a Investir na Bolsa de Valores especialmente para o público feminino. O curso é indicado para iniciantes ou investidoras intermediárias. O programa abrange definições básicas e estruturais do mercado de capitais no Brasil, como técnicas de análise utilizadas pelos profissionais. Para isso, são desenvolvidos assuntos como caráter legal e responsabilidades no mercado de ações, diferenças entre escolas de análise de empresas (Fundamentalista e Técnica), Home Broker, Tributação, Custos Operacionais, Aluguel de Ações, Derivativos Financeiros (opções e contratos futuros) e o principal, ensina aos participantes como montar uma carteira de ações.

As matrículas podem ser feitas pelo fone 0800 723 3700. O curso custa R$ 390,00 e R$ 340,00 para universitárias. Será realizado na XP Investimentos, na rua Rio de Janeiro, 2.720, Lourdes. Mais informações sobre este curso e outros projetos da XP Educação acesse o site www.xpe.com.br ou mande um e-mail para cursos@xpe.com.br.



quarta-feira, 5 de março de 2008

Ações negociadas na Bovespa subiram até 160,09% no primeiro bimestre de 2008

As ações de algumas empresas listadas na Bovespa chegaram a apresentar uma lucratividade de até 160,09% de janeiro a fevereiro deste ano. Foi o caso da Recrusul PN, seguida da Recrusul ON (154,55%), Excelsior PN (100%). Levando em consideração as empresas que fazem parte do Ibovespa, o papel que registrou maior alta foi o da Cosam ON (38,94%), à frente da Telemar N L PNA (32,85%), Telemar PN (23,60%), Usiminas PNA (20,25%) e CSN ON (20,11%).


Leitores do Dinheiro Minas podem tirar dúvidas com especialista da Geração Futuro


A partir de agora o Dinheiro Minas vai esclarecer dúvidas de investidores e de interessados em começar a investir em ações. Para isso, é só enviar a sua pergunta que o analista Luiz César, da Geração Futuro, que atende hoje mais de 200 clientes e que está no neste mercado deste 1972, vai responder. Aproveite!



Imposto de Renda para quem investe em ações

A Receita Federal já abriu o prazo para a entrega da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física 2007 (ano-base 2006). Quem investe na bolsa deve fazer o quê? Saiba que os ganhos em operações no mercado à vista até R$ 20.000,00 são isentos de IR, o que é muito bom para o pequeno investidor, não é mesmo? Para quem ultrapassa esse limite, a alíquota usada no cálculo do imposto de renda sobre os rendimentos é de 15%. Vale lembrar que é possível somar as taxas de corretagem e outros custos atrelados à compra/venda de ações, reduzindo o valor do rendimento e pagando menos imposto. Bem na verdade, quem possui ganho de capital superior a R$ 20.000,00 deve mesmo é procurar um contador com experiência no mercado de ações.


sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Pergunta

Um leitor do Dinheiro Minas escreveu:

“Meu nome é Luciano e fiquei deslumbrado com as informações que obtive em seu blog sobre mercado financeiro. Tenho 31 anos. Bacharel em Direito. Renda de estável e estou paquerando o mercado de ações, sozinho. Ainda não tenho o conhecimento suficiente para operar sozinho como home broker numa corretora. Também não concordo com as taxas cobradas nos fundos de investimentos via bancos. Mas também não encontrei um clube de investimentos em belo horizonte em que eu possa começar. Então pergunto-lhe se você sabe onde encontro esses clubes para começar? Sei que não é de sua alçada mas desde já agradeço a ajuda, já que estou navegando pela NET e não consegui ninguém próximo que conheça do mercado ou que possa me orientar."

A resposta pode ser de interesse de outros:

Também passei por esse processo de paquera e agora estou namorando. Tenho muito que avançar neste relacionamento, mas estou caminhando para isso. O que aconselho a fazer é o que sei que muitos bons investidores fizeram. Grande parte começou com dois cursos: um sobre mercado de ações com ênfase técnica e outra fundamentalistas. É mais simples do que você imagina. Ao mesmo tempo, entre em um site e faça uma simulação para saber o seu perfil: conservador, moderado ou arrojado. O www.bovespa.com.br, no link iniciantes, tem tudo isso. Também é interessante organizar suas finanças pessoais para cada vez mais sobrar dinheiro para você investir. Se quiser começar com clube de investimento, que realmente considero melhor que fundo, entre nos sites das corretoras daqui de BH e procure-os. Existem clubes para os três perfis. Atenção! Não deixe de observar as taxas. No meu blog, na coluna da direita, tem a agenda de cursos e o telefone de todas as corretoras.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Análise técnica: aplicação de R$ 10 mil em ações da Usiminas vira R$ 3,42 milhões, em 10,7 anos

As incertezas que assombram 2008 forçam a definição de estratégias, mesmo considerando que bolsa de valores é um investimento de longo prazo. Uma maneira interessante de decidir quando comprar e quando vender ações é por meio de gráficos que cruzam as médias móveis exponencial e aritmética. Isso permite de você saia na tendência de queda e entre na de alta. Calma! Isso não é nenhum bicho de sete cabeças. O homebroker de muitas corretoras disponibilizam esses gráficos para os seus clientes, em tempo quase real.

A média mais indicada para conservadores é a 9/40. A média 9 representa uma linha e a 40, outra linha. Depois de entender o funcionamento, você precisa ter em mente apenas que quando elas cruzarem e a média 9 for maior que a 40, é hora de comprar. Ao contrário, se for menor, é hora de vender.

Olha que interessante... A XP Investimentos fez um estudo histórico que revela, assustadoramente, a importância desse monitoramento. Leva-se em consideração uma aplicação inicial de R$ 10 mil na compra de ações da Usiminas, em fevereiro de 2007. Depois de 10,7 anos, quem deixou o investimento parado (Buy&Hold) viu ele render 2.262,08%, ou 34,38% ao ano, ou 2,46% ao mês. Com isso, sua aplicação de R$ 10.000,00 multiplicou-se para R$ 236.207,98. Excelente, não?

Então, o que acha disso? Quem comprou e vendeu os papéis nos cruzamentos apontados pelo gráfico de média 9/40, viu o seu dinheiro render 34.141,68%, ou 72,52% ao ano, ou 4,58% ao mês. Ao todo foram 57 operações – o que considerei pouco, tipo uma por bimestre. O resultado: sua aplicação de R$ 10.000,00, em 10,7 anos, atingiu (nem sei qual verbo utilizar) R$ 3.424.168,43. Isso mesmo! Mais de 3 milhões.

Bom! Isso foi feito com a trajetória de um papel. É passado. Resta saber com qual empresa "casar" para ter um desempenho desse.